segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Sacralizando cada momento!



A bruxaria como uma das vertentes da Religião da Deusa e da honra ao sagrado feminino é uma religião e um caminho espiritual, no qual honra-se cada aspecto da vida como sagrada. Não existe o mais sagrado ou o mais profano dentro do Craft. A matéria não é renegada no lugar do espírito e nem o material se sobressae a ponto de esquecermos de valores e virtudes espirituais.
Pelo contrário, tudo é uma dança de equilíbrio mas o equilíbrio não é algo extatico e contemplativo e imparcial. Ele é uma dança de sobreposições de partido. Uma hora honramos algo e outra hora outro, dessa forma honrando sempre os dois lados.
Como qualquer outra religião, a bruxaria sofreu influencias de muitas outras espiritualidades em sua adaptação no cotidiano moderno. Isso até certo ponto trouxe até mais esclarecimento sobre práticas nas quais utilizamos hoje. Sendo que ela se tornou e é uma Arte viva e complexa.
Porém alguns aspectos de outras religiões parecem nem um pouco com o real sentido do caráter de Religião da Deusa.
Nas antigas sociedades matrifocais o sagrado estava em tudo. O mundo, a terra, sol, lua tudo era visto como um grande aspecto do divino, nesse caso a Grande Deusa Mãe. Esse é um dos aspectos que nos liga ao arquétipo divino da Mãe Terra.
Com isso, essa ligação profunda pertencente ao corpo divino da Deusa, entramos em uma das leis conhecidas e trabalhadas nos Crafts da Wicca, o conceito da Lei da Imanência no qual demonstra de uma maneira mais técnica e não tão subjetiva o conceito do corpo divino e nossa ligação com ele como parte dele e parte nossa. 
A Lei da Imanência é o corpo da Deusa, a Deusa não é só uma personalidade uma divindade antropomórfica, distante e distinta de tudo aquilo que é humano ou mortal. Ela, a Deusa é também a mortalidade como é o seu conceito de ciclo eterno de renascimento e imortalidade. Somos terminais desse grande corpo divino, células a parte compondo um outro cosmos dentro de um grande macrocosmo.
Tal reconhecimento separa nossas crenças de grandes religiões predominantes, até por que muitos vêem o divino como algo distinto do homem. No qual muitas vezes tentam alcançar renegando até mesmo os aspectos humanos e não os celebrando. Uma coisa clara esta na própria desacralização da sexualidade que foi relegada a um lugar tão profano quanto um sentimento vil.
Tudo por que a Terra, o corpo e tudo aquilo que é visto e sentido é criação de uma determinada divindade. Vêmos isso tudo então a partir deste ponto de vista como uma separação. Criador e Criatura, ambos são coisas completamentes diferentes dentro desse contexto de religião. 
O que acontece ao contrário disso na bruxaria e na religião da Deusa!
A Deusa ou o Grande Espírito é ao mesmo tempo criador e criatura, pontos de criação e pontos terminais da Criadora.
Todo esse conceito aumenta até o nosso conceito de responsabilidade pessoal e o poder que temos sobre a vida. Como bruxos, reconhecemos que o ato de destroir uma floresta ou poluir águas é um ato profano, pois estamos profanando o corpo da Deusa e Ela não nos deixa sem resposta. Pois existe uma lei, a Lei do Triplo Retorno. Tal conceito também não pode jamais ser encarado como punição divinda. Tudo é reativo na natureza, tudo tem uma ação/reação igual ou oposta amplificada pelo poder circular de seu retorno. Tudo, qualquer ato gera poder e volta para o seu criador pois somos criadores do mundo a nossa volta, e como a Deusa somos partes daquilo que criamos. Ou seja, tudo aquilo que podemos conceber e concretizar em atitudes já existe e possui vida, são terminais de nossos próprios seres!
Então tal noção de pecado ou profano cai por terra dentro da bruxaria, um bruxo não tem tal crença, apenas dizemos. Se quiser evitar os efeitos evite as causas do mesmo! Simples, direto e lógico. 
Tanto também que não somos uma crença que dá a outra face para bater, não levamos flores a alguém que só nos deseja destruir. Muito embora podemos e queremos transformar essas atitudes mas não perdemos tempo com quem não se interessa. O que ele criou voltara para ele, o Universo também não dá a outra face embora ele oferece a todos contemplação de atitudes e promove a mudança a partir disso!
Então com todos esses conceitos já ditos entramos no ato de sacralizar os atos da vida. Isso é um ato de imenso poder e importância.
Todos os dias o nosso cotidiano parece nos consumir com o tempo e noção de espaço, as vezes fazendo nos perder a consciência do que estamos fazendo. Isso é natural, as vezes nossa mente precisa entrar em um estado semi-despertado para trabalhar com mais velocidade. Mas isso também pode nos consumir de maneira destrutiva.
Sacralizar as coisas de nosso dia-a-dia não só nos liga ao Todo, a Deusa. Mas nos liga a nós mesmos a nossa consciência de estarmos e vivos e celebrar aquilo.
A importância de sacralizar, por exemplo, uma refeição nos liga inconscientemente a uma noção abrangente e consciente do que estamos comendo e por que estamos comendo. Consciência é tudo na bruxaria.
Para tais sacralizações surgem rituais. O ritual é um importante aliado na vida humana. Ele trás conceitos psicológicos profundos em nosso ser e não podemos substimar tal ato. Pois ele trabalha sobre nós em nível neurológico reconhecendo a atitudes subjetivas. É a maneira que encontramos de tornar concreto aquilo que só existe em planos sutis e mentais. Mas jamais devem em um nível mal compreendido ser encarados como literais. Como por exemplo, o Cálice representa em ideologia o conceito de útero e vulva da Deusa Mãe. Trás todo o sentido e poder dessa idéia, ele exprime tudo isso sem precisarmos dizer isso. No entanto ele não é o utero da Deusa.
Reconhecer tal conceito também nos ajuda a sacralizar os momentos de nossa vida.
O ritos de passagem Wiccannos também nos ajudam a sacralizar etapas de nossa vida, dando valor de mistério e reconhecimento de cada etapa buscada.



RITOS DE PASSAGEM, A SACRALIZAÇÃO DAS INICIAÇÕES DA VIDA.





Reconhecer em seu sentido consciente e internizar aquilo que a vida nos ensinou é o que busca tais ritos de passagem, os Sabbaths também são ritos de passagens assim como os Esbbaths. Porém dieferente desses ritos que carregam mudanças e etapadas do mundo natural e espiritual que também sofremos e vivenciamos, os ritos de passagem wiccannos correspondem a uma ordem de passagem social. Nos ligando a um determinado grupo e conceito atingido.
Um exemplo atual e conhecido são os famosos aniversários de 15 anos das garotas que são apresentadas a sociedade. Isso em tribos primitivas é uma forma de apresentar a sociedade toda como reconhecimento da mesma que tal garota atingiu uma maturidade e pode conceber um filho ou uma atividade sexual fértil. Isso não só ajuda a garota a estar agora dentro de um grupo e um Universo novo como a ajuda a reconhecer esse universo, pois dentro do rito existem símbolos que a ajudam a trabalhar e a preparar em nível do psique tais conceitos que agora ela tera de incorporar a sua vida.
Exatamente, nós bruxos pretendemos e resgatamos em nossos Ritos de Passagem que celebram essas etapas sociais que nos ajudam a reconhecer papéis nos quais estamos reconhecendo e vivenciando em nossas vidas.
São os Ritos de Passagem:

Unção

Esse é o nosso batismo. O batismo dentro da Wicca é uma forma de sacralizar o nascimento de um espírito em sua caminhada na vida terrena. Como se estivéssemos dando boas vindas ao ser. Dons são concedidos ao recém nascido, como beleza, intuição e assim por diante. Assim como proteção. No entanto tais batismos não tem o intuíto de tornar ele ou ela um bruxo, mas sim de sacralizar tal nascimento. Ele é realizado nos primeiros dias da criança na vida terrena.


Wiccaning

O wiccaning assemelha-se ao rito de unção, porém é feito na lua cheia seguinte ao nascimento da criança. Onde ela é apresentada a fim de protege-la de perigos físicos e espirituais ao panteão de deuses que a família segue, a Deusa e ao Deus em si. Como ela ganha também dois padrinhos nos quais serão seus tutores tanto quanto os pais biológicos. Mas esse rito não compromete a criança para a bruxaria, isso ela escolherá com mais idade.

Ritos de Puberdade, Menarca.

Esse é um rito de passagem quando a menina tem sua primeira menstruação como também o rito de passagem do menino que chega aos seus 13/14 anos quando começa a se desenvolver como homem. Tal rito, como em tribos primitivas, é a marca do menino ou da menina na sociedade como tal, abondonando seu lado mais infantíl e reconhecendo o caminho que vai seguir. Esse também pode ser um momento que muitos fazem sua Dedicação ao caminho caso seja de livre escolha, mas isso não é uma regra!

Handfasting

Em determinado momento saímos de casa e juntamos com alguém, tal ato é muito sério na bruxaria e também não em si uma regra. Casar-se para um bruxo é um ato espiritual e de grande importância. Para nós é quando duas pessoas decidem-se tornarem-se uma só, independente de gênero sexual ou sexualidade, é a união de dois seres em nome do amor. Eis então que esse é o rito que celebra tal cerimônia, que é um casamento a moda bruxa. Não precisa ser necessariamente um bruxo para casar-se a moda wicca. No entanto é uma opção para pagãos e espiritualistas que não se sentem a vontade com outras religiões. Mas saber pelos mesmos que todo o corpo litúrgico deste rito esta embasado em nossa visão de mundo e crenças.


Handparting

A bruxaria não exige fixalidade no casamento eternamente. Nossa crença celebra o amor e o respeito, a liberdade acima de tudo. Ou seja, quando dois casais querem se separar depois de terem casado fazemos esse rito que é uma espécie de despedida, onde ambos assumem como adultos o por que querem se separar, e sem crise cada um vai para o seu lado. Tanto que o Handfasting é uma celebração ciclica que deve ser renovada a cada um ano e um dia, ou não, pelos parceiros para reafirmar seus votos. Lembrando que o casamento também é uma sociedade e pode estar sujeito a tudo!

Croning

Quando a mulher chega a menopausa dizemos que ela chegou ao seu momento de anciã, de seu ápice de sabedoria e acumulo de experiências. Eis que esse é o rito que celebra a maturidade máxima dos mistérios femininos.

Saging

Como nós, homens, não menstruamos nosso rito de maturidade como das mulheres ocorre aos 65 anos mais ou menos. Quando reconhecemos que nossa fertilidade fálica foi embora e assumimos papéis mais profundos e sábios dentro dos mistérios masculinos.

Réquiem

Eis então que chegamos ao final de nossa jornada, a morte encerra um ciclo e abre outro. O ritual de requiem celebra isso e é o nosso funeral. Onde fazemos o nosso rito a moda pagã, agradecendo e despedindo do falecido e pedindo para que os Deuses o recebam no outro lado do véu. Pedindo amparo e conforto, dependendo de como a pessoa via a morte. É o pedido para a abertura do Portal para a Terra de Verão. Após isso, na lua cheia seguinte ao falecimento nós honramos através  de contos e causos sobre a pessoa que faleceu para celebrarmos. Também é o momento que a sacralizamos como ancestral da família e pedimos que retorne no mesmo tempo e lugar que seus entes queridos.


OS MISTÉRIOS INICIÁTICOS


A bruxaria wicca possui um caráter iniciático assim como muitos caminhos mágickos religiosos. Esses ritos de passagem são rituais que marcam etapas atingidas daqueles que decidiram abraçar os mistérios da magia e da bruxaria, a esses ritos chamamos de Iniciações que demonstra um caráter de reconhecimento de sabedoria e dons adiquiridos, como poder interno.
Tais ritos tem um caráter mais fixos em tradições coventículas e não possui em si uma importância maior para quem decidiu abraçar um caminho de auto-iniciação e a vida solitária. Muito embora a entrada formal na Arte, é um excelente caminho para aqueles que buscam com seriedade os antigos mistérios e se sentem perdidos em trabalhar solitariamente. 
Eis que são as Iniciações:


Dedicação.

O ritual de dedicação é um rito que possui um caráter de entrada nos mistérios. Dentro de um coven é o momento em que o recém chegado assumi seu papel de buscador dos mistérios durante um ano e um dia, ou mais. Para poder se iniciar. Até então esse é um momento de busca e nada é certo, a busca em si demonstrara ao neófito se deseja mesmo prosseguir. Esse é um momento que ele/ela pede proteçãoe orientação aos Deuses da tradição buscada afim de receber ajuda e conhecimento. Juramentos podem ser feitos, dependendo da tradição escolhida. Assim como votos de segredos dos mistérios aprendidos gradualmente.


Iniciação do Primeiro Grau.

Essa é a iniciação quando o adpeto assumi a vida como bruxo e sacerdote, pois adiquiriu treinamento para determinado grau. Ele já conhece os mistérios básicos da Arte e seus rituais, assim como pode executar determinadas funções antes renegadas dentro de um coven ou tradição.

Iniciação do Segundo Grau.

A iniciação do segundo grau marca a etapa de conhecimento interno do bruxo como sacerdote. Nesse momento os mistérios da tradição são mais abrangentes e ficam mais claros para ele. É o momento que ele pode realizar cerimônias mais sérias e profundas e facilitar os rituais para um mais jovem que ele no caminho.

Iniciação do Terceiro Grau.

Compreende-mos essa como uma etapa final do caminho inciático em si. Quando um bruxo atingi sua sabedoria e todos os mistérios do coven ou da tradição já não é mais velados a ele. Assim como os mistérios internos, esse é um grande momento de sabedoria interna. É também quando ele/ela se torna alto-sacerdote/tisa para poder agora dirigir o ritual assim como treinamento e iniciações dos demais. Como também tem a capacidade criar um novo coven a partir do conhecimento adiquirido.

Élder da Tradição.

Essa é uma etapa significativa e que encerra em si os ciclos inciáticos de um coven ou tradição. Atingir um título de élder é o mesmo que atingir um doutorado por exemplo. Ele não so confere o título e a sabedoria necessaria para ensinar como também proteger os mistérios da Arte a que se comprometeu em toda a sua jornada. Agora ele também tem a opção de trabalhar inciações e buscas mais particulares de sua alma.

OS SABBÁTHS E ESBBÁTHS




Agora entramos em outra etapa de ritos de passage, na qual nós bruxos celebramos e vivenciamos o caráter de transições do mundo natural e espiritual.
Cada Sabbáth trás em si um correlação com um Esbbáth que estão de acordo com as estações do ano e sua simbologia e suas forças naturais.
Tais ritos possuem aspectos profundos e internos, e marcam também nossas mudanças ocorridas em nossa vida anualmente. É também uma forma de demarcação de tempo, o tempo dos bruxos. Na era pré-cristã esses rituais possuiam um caráter social e afetava diretamente a todos e seu modo de vida, pois celebravam as mudanças ocorridas nas plantações e na vida animal.
Vendo neles o ciclo de nascimento, vida, decadência (colheita) e morte/renascimento.
As estações e suas celebrações são diferentes para nós aqui do hemisfério sul, pois aqui enquanto é inverno no hemisfério norte sera verão, e assim por diante. No entanto muitos bruxos se fixam a datas e simbologias das mesmas e não celebram a roda de acordo com o seu hemisfério. Mas essa é uma discussão profunda, merecendo créditos para um post posterior.
Eis que são esses os Sabbáths e Esbbáths, que marcam as mudanças solares e lunares da vida e da Deusa. As datas de ambos estão de acordo com o nosso hemisfério.


Sabbáths

Samhain 30 de Abril/ 1 de Maio:
 Marca o nosso ano novo, momento de renascimento em todos os sentidos. Celebração dos mistérios do outro mundo, celebração e honra aos mistérios pós morte. Celebração aos ancestrais.

Yule, 20/21 de Junho:
 Marca o nascimento da luz, como Deus Solar. Congruente ao Natal. Celebração da luz que renasce do ventre escuro da Deusa. Assim como os mistérios da escuridão do inverno.

Imbolc, 2 de Agosto:
Momento de ascenção lenta da luz, o prevalecimento da luminosidade do sol assim como o meio do inverno. Momento de purificação e símbolo do frio que começa a se esvair. Esse é um momento também onde bruxos são inciados na Arte.

Ostara, 21/22 de Setembro:
 Celebração a chegada da primavera. Momento de descobertas da fertilidade e do renascimento e ascenção certa da luz.

Beltane, 31 de Outubro:
Momento de união sexual, ápice da fertilidade e sua geração para a vida. União simbólica e literal dos casais divinos, como Deusa e Deus.

Litha, 20/ 21 de Dezembro:
Celebração da fertilização da semente, dos campos e do ápice da luminosidade e calor solar. Momento de grandes responsabilidades e prazeres.

Lammas, 2 de Fevereiro:
Primeira colheita dos aspectos fertilizados da terra. Momento do reconhecimento da decadência certa do sol. Dia de ação de graças.

Mabom, 20/ 21 de Março:
Celebração da segunda colheita como sacrificio voluntário do Deus Sol. Mistérios da morte e da faceta ceifeira da Deusa. Momento de grande reflexão de todas as atitudes buscadas e concluídas até então. Término do ciclo solar do reino da vida para o reino da morte.

Esbbáths



Os ritos de lua cheia, Esbbáths possuem relações com o cíclo solar dos Sabbáths, só que possuem um caráter mais magistico e energético de tais mudanças. Assim como possuem os apesctos mais internos de cada mudança. Seus símbolos estão de acordo com a estação deste hemisfério.


LUA DA NEVE – MAIO

Remover toda negatividade e fortalecer a comunicação com a Deusa, os Espíritos Ancestrais e Guardião. Este é um momento de reafirmar seus votos, como também um momento de portais abertos e reinos espirituais acessíveis aos reinos internos, é um tempo de purificação em todos os sentidos.

LUA DO CARVALHO – JUNHO

Manter seus princípios e convicções. Estender sua cordialidade aos amigos e familiares e dar boas-vindas a novos inícios. Este é um momento de gratidão ao que virá, por isso é um momento de pedir compreensão e paciência e força para recomeçar tarefas. Recolhimento de energias e início projetos e investimentos.

LUA DO LOBO – JULHO

Tempo de novos inícios, proteção e inversão de encantamentos. Liberar o passado e aceitar os eventos do ano que começa. Desapegar-se de coisas indesejadas e desnecessárias.

LUA DA TEMPESTADE – AGOSTO

Tempo para crescimento e cura, assim como auto perdão e aceitação de ações passadas. Descobrir o novo potencial, é uma lua excelente para iniciações de dedicações.

LUA DA SEMENTE – SETEMBRO

Nutrir novos desejos e novos inícios. Ver a verdade em sua vida e determinar as necessidades espirituais que deseja expandir. Reverter a pobreza no mundo material e no mundo espiritual.

LUA DA DÍADE – OUTUBRO

Melhorar sua intuição e criatividade por meio de contato com os mundos do espírito. Este é um tempo de limpeza e purificação, e para ver a harmonia interagindo em todas as coisas. Também a lua dedicada a busca de amor e do prazer.


LUA DA LEBRE – NOVEMBRO

Instilar auto confiança e senso de responsabilidade. Trabalhar encantamentos para controlar ou aumentar seu bem estar espiritual e emocional. Esse é um ótimo momento de assumir grande cargos, como também é um momento de refletir para adquirir grandes poderes em todos os tipos de trabalho.

LUA DO HIDROMEL – DEZEMBRO

Assumir responsabilidade pelos acontecimentos presentes e recompensar-se por ações e realizações positivas. Procurar inspiração e orientação da Deusa, por meio de meditação.

LUA DO MOSTO – JANEIRO

Planejar e meditar sobre a realização de suas metas, em nível espiritual, emocional e físico. Preparar-se para o sucesso. Este deve ser também um momento de relaxamento e êxtase, em busca dos mistérios através do lazer e alegria.

LUA DO MILHO – FEVEREIRO

Preservar o que conseguiu e preparar-se para colher as recompensas de seus esforços. Este é um momento de colheita e de apreço por todas as coisas, tanto espirituais como materiais.

LUA DA COLHEITA – MARÇO

Realizar suas metas e rejubilar-se com isso. Limpar os entulhos emocionais, espirituais, mentais ou físicos de sua vida. Agora é o momento de colher e aceitar suas recompensas. Um momento de reverência a morte como força mantenedora da vida. Como uma face da Deusa.

LUA DO SANGUE – ABRIL

Este é um tempo de gratidão e de libertação do passado. Honrar as coisas em todos os reinos, particularmente os animais que deram a vida para sustentar e manter a sua, pedir-lhes compreensão naquele sacrifício. É o momento da lua nos ancestrais, para que desta forma você agradeça-os pelo ano que passou, também é um momento de gratidão e lembranças daqueles que se foram antes, tanto os animais como pessoas queridas.

SACRALIZANDO O DIA-A-DIA


Cada momento de nosso cotidiano é sagrado pelo simples fato que nos compõe. Por tanto é importante sacralizarmos esses momento de modo que fazemos desses pequenos ritos um hábito benéfico e poderoso.
Desde o acordar até a hora de dormir. Veja o exemplo:

Acordar:
 Cada um possui em seu relógio biológico o seu momento de acordar, quando acordar agradeça através de uma dança, um gesto ou uma invocação a mais um dia que virá pela frente. Agradecendo e desejando coisas boas.
Dejejum:
Quando for tomar seu café da manhã agradeça pelo alimento que vai nutrir seu corpo as primeiras atividades do dia. Mostre-se honroso e procure não desperdiçar. Invoque a Deusa e a agradeça por isso. Ofereça uma libação se quiser.
No trabalho:
Agradeça o local de trabalho quando estiver lá ou quando estiver indo, agradeça o fato de poder ter um ganha pão e de isso unir você ao mundo físico. Mostrando para si mesmo como pode ser útil a si e a todos a sua volta. Invoque Deuses que lidam com o meso trabalho que você.
Almoço:
Realize do mesmo jeito o gesto que fez no café da manhã.
Descanso:
Quando voltar do trabalho, conceda a si mesmo um momento de prazer e descanso. Mostre reverência a esse momento, invocando e agradecendo a si mesmo e a Deusa por ter concluído tal tarefa e poder regozijar em olhar tudo terminado.
Banho:
Quando for tomar banho faça-o com todo carinho e respeito, sinta o seu corpo e a água. Peça e agradeça a água por purificar o seu corpo material e espiritual, imagine-se em uma cachoeira a luz da lua cheia ou do sol. Procure se sentir bem.
Dormir:
Na hora de adormecer, agradeça a todo o que passou no dia. Peça a Deusa e aos Ancestrais que guiem seu espírito a suas moradas de luz e saber, para que acorde no dia seguinte renovado e pleno para uma nova jornada no dia seguinte, celebrando dessa forma o renascimento diário.
Outros momentos:

O Lazer:
Celebre isso com imensa alegria, reverenciando e reconhecendo as facetas do sagrado de acordo com sua forma de lazer. Se é um esporte chame por Deuses atléticos, se for festa invoque Díonisio por exemplo.

Sexo:
Tente fazer desse momento, mesmo que seja consigo mesmo, um momento no qual você tem um contacto mais íntimo com o seu corpo e do parceiro. Faça desse ato um ato de mistério e poder. Celebrem um ao outro, invoque os Deuses do amor e do sexo. Sintam-se plenos com isso.

 CONCLUSÃO

Bom pessoal, com isso demonstrei que não precisamos deixar nossos corpos físicos, nossos atos sociais e vida cotidiana para celebrarmos os mistérios da magia e da espiritualidade. Mostrando assim a nós mesmos que todos os atos de amor e prazer são rituais a Ela, a Deusa. Sinta a cada dia que passa, a cada momento como sagrado e verdadeiramente estara sendo espiritual honrando todos os aspectos de sua vida. Cante, festeje, faça música e amor tudo em amor a Ela, que é a vida e tudo o que há compõe.
Bençãos eternas!

Dyonisio Bacante. 

Deixo agora aqui para vocês terem uma noção e poder viajar mais nesse universo de sacralização e ritos de passagem vídeos que mostrem determinados rituais. Aproveitem.

Handfasting

 

Rito de Beltane
Rito de Iniciação



É isso ai galera, esses vídeos são exemplos e não modelos de rituais, sendo que eles variam de tradição para tradição. São apenas para vocês terem uma noção de como funcionam.






4 comentários:

  1. Por favor, poderiam me passar o nome e autor da pintura na capa do blog?

    Grato, RW

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  2. Sim claro, assim que achar por que eu por bobeira acabei não procurando eu te informo!

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  3. Ok. Sr Bacante. Caso se interesse por poesias dionisíacas: basta lançar meu nome no google

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