Desde há sua origem, quer dizer, desde a sua conscientização como força a ser exercida e utilizada em prol da humanidade e do ser humano a magia, religião e a espiritualidade trouxe toda uma gama de rituais e ritualísticas, as vezes mirabolantes outras vezes simples. Mas sempre houve a noção de se trabalhar o espiritual por meio de rituais.
Na magia não é diferente em nenhum aspecto, muito embora exista uma grande dificuldade de se separar o religioso do processo magístico.
Para tanto precisamos compreender a verdadeira função do ritual. Creio que ja abordamos tais temas em alguns de nossos posts mas acho legal poder retomar tal assunto para que assim possamos entrar no tema em si deste post.
Todo processo ritualístico esta intimamente ligado com o símbolos internos; note que estamos tratando deles, os rituais, de uma maneira mais psicológica. Vamos tentar nos ater nesse aspecto e não no seu papel energético que também possui um aspecto simbólico no entanto um pouco mais subjetivo que o primeiro.
Cada símbolo de um ritual, entenda como símbolos desde gestos, palavras, imagens, instrumentos...cada um deles possui um aspecto interior que nos liga ou nos faz pensar em ligar ao que estamos buscando espiritualmente. Também tais símbolos em um proceso de começo, meio e fim trazem também uma carga psicológica mais forte existindo assim a cerimônia para que de fato nos sintamos ligados aquilo que estamos buscando.
Isso pode parecer um pouco confuso no contexto pagão, porque podemos usar tais exemplos de alteração de estado de consciência para um estado mais sutíl o ato de entrar em um determidado templo e fora dele nossa consciência esta "mundana". Analisando isso através de uma visão pagã de mundo onde o sagrado esta em tudo fica incoerente, eu sei!
Mas note que precisamos de tal sentido pois o fato não esta em separar a realidade mundana da realidade sagrada mas esta em usar um determinado símbolo para poder compreender que a partir daquele momento estamos conscientes daquele fato.
É claro que isso se aplica a noção de uma visão mais pagã do mundo e do sagrado.
Compreendendo tal fato entramos na discussão do post em si.
As vezes os símbolos se tornam mais importantes do que o seu objetivo, as vezes nos esquecemos de que eles são apenas veículos e não os fins daquilo tudo e ai que mora a grande confusão de que devemos começar a separar.
Na magia cermionial, como nome ja diz, todo o ritual é uma extenção de cerimônias intermináveis em que o praticante faz para chegar até o objetivo magístico/religioso. A questão em si não é mais nem na cerimônia mas na sua funcionabilidade.
A funcionabilidade de símbolos é tão importante quanto a primeira, mas parece que muitos bruxos de hoje se esqueceram de tal coisa. Fico vendo as vezes que muitos deixam de celebrar um determinado Sabbáth por não ter uma determinada cor de vela ou por não poder fazer uma verdadeiro Sabbáth Gardneriano! Isso é um absurdo completo. Como pagãos e filhos da Deusa precisamos compreender a aprender a trabalhar com o que temos em mãos e jamais devemos abrir mão de nosso maior instrumento que é o nosso ser.
Devemos lembrar que a magia não é algo que você faz e sim algo que si é.
Mas creio que um começo em um caminho iniciático mais formal na Arte, com um pouco mais de cerimônia é importanta para que a mente assimile tais símbolos e os agregue aos poucos a vida espiritual e a vida em um sentido total.
Creio que precisamos rever certos conceitos ritualísticos e encontrar importâncias e funcionabilidade, temos que reconhecer que certas coisas não são funcionais e outras são. Isso ocorre de indivíduo para indivíduo.
Porém quando deixamos de celebrar um determinado ritual ou pensamos que não podemos nos ligar a Deusa por que não temos determinado aspecto simbólico de um rito, pare e repense tudo o que você compreende como bruxaria e espiritualidade. Reveja se isso é importante. Mas lembre-se nós precisamos mais disso do que a espiritualidade precisa para que nos toque!
Dyonisio Bacante.
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