quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Gays e a Bruxaria. A Arte de Manifestar o Sagrado em Si Mesmo!



Estranhamente, no surgimento da Wicca e no resurgimento do Paganismo como um movimento vivo na data de seu surgimento, 1951 através de Gerald B. Gardner parecia exlcuir completamente os homossexuais, sendo que até mesmo o criador de um movimento tão livre dizia não haver um lugar para nós. Considerando-nos como aberrações, pois mais estranhamente ainda não faziamos parte desse culto a fertilidade pelo simples fato de que sexos iguais não geram vidas. No entanto Gardner foi corrompido por sua época "moral" e por mais livres que fossem seus idéiais não compreendia o verdadeiro sentido de fertilidade.
A bruxaria como um dos grandes aspectos das religiões pagãs sempre celebrou e livre expressão sexual, sendo que pode ser muito bem evidenciado isso nos ritos a Díonisio, Príapo, Pan, Eros, Ganimedes, Diana e todos outras divindades que encarnavam muito bem a liberdade como o êxtase.
Porém vale-se notar que em tais épocas noções sobre a palavra homossexualidade não existia, sendo essa uma palavra recém criada quando se começou o estudo da sexualidade juntamente das descobertas pelo psique com Freud e outros.
Isso nos faz notar muitas vezes que tais culturas antigas não tinham exatamente um culto a homossexualidade, mas sim tinham, um culto a livre expressão sexual como um fator sagrado. É claro que mitos como de Ganimedes evidencie algo assim, porém o mito trás um significado mais profundo e social do que podemos imaginar. No entanto ele aborda temas nos quais vivenciamos hoje e isso para nós pode ser um aspecto de resgatar o antigo como forma de se orientar esse novo sagrado.
O paganismo Queer, que quer dizer através desse termo do inglês, diferente do comum ou da maioria. Como são vistos os homossexuais é um movimento moderno que esta sendo galgado lentamente por todos aqueles que resolveram buscar o seu lugar no sagrado. Assim como as feministas procuraram o símbolismo dos mitos femininos para encontrar o seu local, nós gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros também assim o estamos.
Por tanto a única linha que podemos traçar com isso nesses tempos imemoráveis é o reconhecimento que ambos já possuiem. Mas nunca existiu até onde eu sei um culto exclusivo Gay. Até pelo fato de que tal conceito não existia.
Para muitos pagãos antigos o erótico tinha um valor até mais forte que a fertilidade geradora da vida em si. O ato sexual pelo prazer já era visto, como por exemplo entre os sumérios em seu culto a Inanna, no qual suas sacerdotisas também eram jovens homossexuais afeminados, um ato fertilizador em si mesmo. Que em um contexto cultural não era visto exatamente como um homem, mas uma imagem mais feminina do masculino. Através disso, as prostitutas sagradas, como eram chamadas, realizavam tais rituais no qual o homem que as procuravam encontrava-se com a Deusa e toda a sua glória através desse ato, do orgasmo. Isso também era fertilidade pois o coito na hora do gozo devia ser expelido para fora. Uma razão na qual os homossexuais sacerdotes de Inanna poderiam incorporar em si muito bem.
Esse ato de um homem servir a Deusa como uma mulher é primitiva, e pode ser encontrada em sociedades como dos Nórdicos. No qual a Deusa Freya so poderia ser cultuada pelos homens caso esses se travestissem como uma mulher. Nos remetendo ao ato do travestismo sagrado. No qual infelizmente hoje tal ato foi condenado a ponto de perder até pelos Travestis e Transexuais, não todos, como o reconhecimento do sagrado em si e os relegando ao lugar de profano. No mito, até mesmo Odin se travestiu para descobrir e aprender os mistérios sagrados de Freya e suas poderosas Sacerdotisas.
Entre os Tulcos, povo xamânico, os neófitos precisam galgar o caminho em busca de sua totalidade travestindo-se do sexo oposto ao que seu físico apresenta afim de que se torne pleno. 
Através disso reconhecemos as primeiras indentificassões que a homossexualidade teve nos primódios da humanidade. Notem que ela estava sempre como ainda hoje está, relacionada a figura feminina e ao ato de reverenciar a Deusa em si.
Com a cultura grega/romana houve de certo modo uma quebra de diferenças. A homossexualidade masculina por exemplo já não era vista unica e exclusivamente como um ato feminino. Mas era visto muitas vezes entre filósofos como o mais alto grau de virilidade. Sendo esse um ato sexual extritamente masculino. Assim como ocorreu em Lésbos, com a Poetiza Safó, no qual demonstrou que o outro lado da moeda existia também. De onde surgiu o termo lésbica. Tal poetiza tentou de certo modo formar uma sociedade extritamente feminina, sendo o ato sexual feminino considerado o mais alto grau de feminilidade. Em certo ponto esses paradigmas se encontram com os atuais, no qual muitos gays masculinizados nao conseguem identificar-se com imagens femininas em nenhum momento de seu ato sexual assim como internamente assim como ocorre com as lésbicas. Notamos nisso,uma cultura mais grega em relação ao seu modo de encarar a homossexualidade. Que em parte é isso mesmo, homo = igual e ssexual = gênero sexual. Dois sexos do mesmo gênero se amando entre si!
Ou seja, em muitos grupos gays e lésbicos não tem essa polarização psiquica como muitos héteros esperam que aja, um sendo o papel masculino e o outro feminino. Isso simplesmente não existe. É um ato de reconhecimento e atração de iguais, mesmo todos nós possuindo nossa bissexualidade interna.
A homossexualidade masculina serviu em tais tempos também como um aspecto iniciador de seu próprio sexo, pelo simples fato de que somente um homem poderia ensinar ao outro como seu corpo funciona. Esse ato era feito com um tutor mais velho e um jovem que sempre deveria estar na posição de passivo, que tinha mais ou menos 12 a 14 anos de idade. 
Mas não que tais culturas como muitos gostam de apregoar por ai faziam casamentos gays ou lésbicos a céu aberto. Mas mostra que a homossexualidade possuia um papel social até certo ponto. A partir dai já era crime, como por exemplo um homem ser passivo de um escravo. 
Ou seja, todo esse movimento de aceitação em papéis "heterossexuais" para gays e tudo o mais é um movimento recente, isso nos mostra e nos remete mais ainda que a humanidade como um ser único é uma criança aprendendo a ser o que é de fato humano. Por isso nada deve ser encarado como estático no tempo e antigo, por que algo não pode ser novo? Deixaria de ser mais sagrado por isso?
Não! E é exatamente essa noção na qual o paganismo Queer vem trazer. Tanto por que a nossa classe carece de figuras espirituais que nos fortaleçam. 
Precisamos de papéis divinos que nos represente e isso da força ao movimento de uma maneira inimaginável. Eu, graças aos Deuses encontrei isso, esse eco sagrado através do culto a Deusa na tradição Diânica, que em certos aspectos resgatam facetas homossexuais em seu culto. Pelo simples fato de não haver polarizações de gênero na divindade, como Deusa e Deus, mas sim várias polaridades em uma única divindade ou espírito, a Deusa. 




O PAGANISMO QUEER E O DEUS AZUL.


Na década de 70 e 80, o mundo parecia estar sendo os EUA, tudo o que ocorria lá repercurtia em todo o globo. Os grandes movimentos sociais e suas conquistas adveram de lá e de seus protagonistas. Nesse meado de tempo ocorreu o surgimento da classe gay que buscava pelos seus direitos e com a vitimização e discriminação dos que possuiam o HIV nossa classe precisava de um conforto espiritual no qual infelizmente o patriarcado cristão sempre nos negou. Pelo fato de que em sua mitologia criadora não pode existir Adam e Esteve mas sim Adão e Eva, por que assim sua divindade o disse!
Os movimentos pagãos e feministas pareciam ter respondido esse eco. E foi através da tradição das Fadas ou Feri da Bruxaria assim como das tradições Reclaming orientadas por Starhawk grande ativista e bruxa contemporânea. No qual sou suspeito de falar pois posso fazer quase que uma adoração a essa mulher!!
E assim através do mito da criação da Arte Féri houve o reconhecimento de imagens mitológicas que a homotheosis, homossexualidade sagrada, esta muito embasada, vejam:


"... naquele grande movimento, Myria foi levada embora e enquanto Ela saía da Deusa, tornava-se mais masculina. Primeiro, Ela tornou-se oDeus Azul, o bondoso e risonho Deus do Amor".

E através disso começou tal reconhecimento, o Deus Azul ou Dian Y Glas, ou Imagem de Diana, ou Imagem de Diviana. Como um dos nomes mais sagrados da Deusa e mais relacionado ao culto da bruxa. Surgiu uma divindade um Eco espiritual para o paganismo Queer.
É interessante notar-se que o Deus Azul é a própria imagem da Deusa mais masculinizada, mas também pode ser o andrógino divino como pode ser o gay, a lésbica, o travesti, o bissexual e o hermafrodita. Não deixando de ser uma persona única e a parte da Deusa, mesmo monstrando que ele é a imagem D'Ela. Isso nos lembra que a Deusa é o todo mas nos mostramos a sua diversidade através de personas particulares e o sexo não possuindo gênero mas como um ato sagrado e libertador é mágicko e deve ser explorado como tal através de cada natureza existente do amor manifestado da Grande Mãe.
Muitos gays, lésbicas, bissexuais, transgêneros e hermafroditas podem encontrar um eco espiritual nisso para curar suas feridas através de Dian Y Glas,o Deus Azul. 
O Azul é uma cor do Self Profundo também, nos lembrando que para conseguirmos alcançar a nossa natureza divina precisamos largar grilhões separatistas e heteronormativos que nossa cutura preservou como sendo a única imagem erótica condescendente ao divino. O Self Profundo também é a marca que precisamos ser todos, reconhecer a humildade que fazemos parte de algo maior por mais que digamos que nossos "desejos" internos sejam nossos. Somos instrumentos livres e com escolhas, mas somos atingidos pela profundidade e divindade da Grande Deusa Mãe e sua Imagem de Dian Y Glas, que também pode representar um caminho devolta ao Útero Cósmico da Mãe.

Sinceramente não vi exatamente um livro ou liturgia de rituais exclusivamente gays, e acho interessante que alguém o faça isso agrega valor a classes no seu sentido de sagrado. Creio que o Paganismo Queer assim como o movimento Diânico é um caminho de inspiração e de melhor funcionamento, veja o que te conecta ao sagrado sem barbarizar algo é claro! Creio que uma entrada formal na Arte pode ser um bom caminho deixando a inspiração mais como vivência quando puder compreender tal ato.
Nós trazemos dentro de cada um, um caldeirão interno esperando para ser revirado e mostrar maravilhosos rituais que a para a Mãe são a forma pessoal que cada um deve busca-la. Pois Ela assim nos fez!

Dyonisio Bacante.

Texto inspirado através dos livros, Wicca Para Todos de Claudiney Prieto, A Dança Cósmica das Feiticeiras de Starhawk









segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

O Homem de Palha




O filme Homem de Palha ou The Wicker Man, produzido em 1973 por Robin Hardy e regravado e lançado em 2006, como título em português, O Sacrficio. Como protagonista Nicholas Cage.
É um interessante filme para conhecer em tese a cultura e práticas das religiões pagãs pré-cristãs. A primeira versão trás mais conteúdo nesse sentido, sendo que ambas denotam claramente uma moral Cristianizada, até mesmo pelos contadores pagãos. Sendo que o filme foi feito nada mais e nada menos com orientações de um bruxo conhecido, o Alex Sanders. Lógicamente que esse filme teve sua pitada holywoodiana e deixou suas marcas nele como um filme de terror. No qual eu como pagão e bruxo me senti muito ofendido. Não que não demonstre em certos aspectos nossa realidade, como a questão da fertilidade, nudez, danças e cânticos.
Nesse sentido o filme não deixa nada a desejar. Mas fica claro uma conotação negativa e da maneira que abordam as nossas crenças. Fora as comparações claras que eles fazem de cristãos e pagãos. É claro que elegendo sempre o "bom" senso dos cristãos e não dando senso nenhum aos pagãos.
Porém não nos compete hoje saber quem tem mais bom senso que o outro, o que nos compete é analisar aqui o tema central do filme: Sacrificio.
Todas as religiões possuem uma abordagem sobre o tema; sacrificio em muitas religiões é a base de tudo e é por onde muitas vezes a vida pode se propagar pelos meios físicos.
Nas antigas culturas sacrificar algo ou alguém a divindade era visto como o mais alto grau de oferenda. Sendo que a mesma deveria ir de escolha própria a fim de dar sua vida aos seus deuses para o bem de sua nação.
O escolhido era normalmente um Rei, sendo que esse era uma figura relacionada com a fertilidade da terra e de suas colheitas. Já que tais povos antigos dependiam muito das coisas dadas pela terra para sua sobrevivência. Ou seja, o mito não era só encarado como uma metáfora, ele era real. Tinha de ser, esse povo continha toda a sua base de viver a partir disso. A metafora não era só vivida internamente para se compreender extarmente, como hoje o fazemos, mas antes era tudo ali paulpável.
Isso não é só visto no contexto pagão não, os cristãos tem o seu mito de sacrificio pelo bem de algo maior claramente na imagem de seu Cristo, que encarna perfeitamente todos os arquétipos de Rei, divindade Solar, Salvador do Povo, e etc.
O "bem" da humanidade dependia de seu sacrficio no qual ele deveria aceitar de boa vontade. Seu sangue salvaria seu povo.
Algo mudou no sacrificio? Não, apenas mudaram-se os personagens. De Deus Solar, como Cernunnos por exemplo, o chamaram de Cristo. E todos ao seu modo traziam a sua parcela de sacrificados pelo bem maior. Mártiries de seus povos.
Hoje muitos caminhos, como o cristianismo, adotou temas de sacrificio através de símbolos nos quais nós humanos podemos exortar toda essa cátarze psiquica na qual dependemos, o sacrificio possui um papel importante em nossas vidas.
Mesmo que mudemos os símbolos, como se deve ser mudado pelo simples bom senso já que não aprovaria pagãos ou cristãos queimando ou crucificando Cristos ou Cernunnos literais por ai. Pela questão de que o ato de se entregar a algo maior em prol de todos é algo claramente dependente de nós.
Somos seres em sacrificio por natureza. Isso é ação natural, não estou falando de histeria religiosa e nem assassinatos insanos. Estou querendo demonstrar através disso um tema que está relacionados a atitude da entrega.
Toda entrega é um ato de sacrificio, voluntário ou não.
Tudo precisa ser deixado de lado para que se busque outro algo. O velho da lugar ao novo para que o novo possa se tornar velho e assim dar lugar ao novo, isso também é sacrifício.
Quando nossos pais saem de casa, deixam de lado seus interesses pessoais para que possam dar a nutrição a seus filhos através do suor de seu trabalho, isso é sacrifício. Tudo isso nos liga a um ato profundo e natural. É algo inerente ao ser humano, claro que tudo se altera de acordo com os seus propositos.
Creio que isso nos leva a procurar cada vez mais essas congnições simbolicas e seus significados em nossas vidas. Pois faz parte de nós.
O mito do herói, descrido pelo Joseph Campbell perfeitamente. Mostra isso de uma maneira fenomenal. Lembrando que o heroi é também um martirie voluntário que muitas vezes é convocado a dar o seu tempo, sua vida e tudo aquilo que aprendeu em prol do seu povo. Afim de que a vida prossiga em sua ciranda eterna.
O sacrificio ainda tem um papel mais profundo ainda. Ele nos lembra muitas vezes que não somos donos da roda da vida, mas fazemos parte dela e como parte dessa roda precisamo girar de acordo com seus ciclos. E que isso nem sempre fará que estamos em cena. A vida e a morte, como processos naturais, são atos de sacrificios do impulso da natureza. Uma coisa precisa morrer para que outra viva. O equilibrio é a dança.
Claro que isso não justifica jamais assassinar ninguém dizendo que isso é sacrifício, até por que conceitos de símbolos e projeção desse ssímbolos em uma persona humana creio que já foi muito bem distinguida em nossa sociedade.
Porém mártiries voluntários disposto ao sacrificio sempre existira. Sempre existira Madres Tereza, Gandhis, Martin Luther Kings, Nelsons Madelas, que nada mais são que heróis e heroinas que trocaram seus interesses pessoais mesquinhos em prol de algo. Isso é o real e sublime sacrificio a ponto de não ser símbólico em derramar seu próprio sangue a terra mas oferecer suas libações de atitudes a terra.
E nós vibramos com tudo isso. Pois o herói como o sacrificado, tem esse papel de encarnar a todos pois ele não diz em seu nome mas diz ao nome de todos e todos são eles. Por que você acha que quando crianças ou até mesmo quando adultos vibramos junto com o nosso herói a vitória sobre o vilão?
Isso é ligação psiquica que carregamos. O herói representa nossos anseios, sonhos rumo ao sacrifcio que é sua força e vitalidade, no qual combinados vence o vilão que nada mais nada menos representa nossas fraquezas obscuras que destroem a vida de uma maneira caótica.
Bruxos modernos fazem sacrificios humanos? Não, assim como nós bruxos não faziamos no passado. Alguns pagãos sim, como tribos primitivas celtas. Que como disse nada mais faziam do que ligar o símbolo a uma persona humana.
Símbolos de sacrficio dentro de rituais da bruxaria são representados através de bonecas de milho, homens feito de pão, bonecos de trigo. As vezes o sacrificio pode ser uma vela a queimar. Frutas cristalizadas jogadas sobre a terra.
Eles possuem a mesma carga de importância cognitiva que uma pessoa possuíria.
Pois o valor não está em si no objeto, mas no valor que depositamos sobre eles.
Como os católicos fazem através da comunhão, o Corpo de Cristo é a Hóstia e o Sangue o Vinho.
É como nós também fazemos em nosso Rito do Bolo e da Cerveja. O Bolo representa o corpo do Deus sacrificado que alimenta seus filhos pelo próprio corpo. E o Vinho ou a Cerveja é o Sangue da Deusa que purificanos e nos liga a Ela através da saciação.
E assim fazemos nossa reflexão sobre o ato de sacrificar e oferecer algo em sacrifício. Isso é uma meditação séria e profunda proposta a nós desde que a humanidade é humanidade.
E deixo aqui a proposta de assistirem o The Wicker Man e o Sacrificio, ambos os filmes para fazerem comparações e rirem um pouco sobre o que as pessoas acham de nós. Como se já não soubessemos!

Bençãos a todos.

Dyonisio Bacante.


Veja, O Sagrado Feminino!

 
 



Ola queridas pessoas que visitam esse simplório e poderoso Blog. Deixo a vós um vídeo maravilhoso sobre reflexões e questões do sagrado feminino.
Esses três vídeos foram feitos por algum cinegrafista amador no encontro da nova consciência em Campina Grande. Muito interessante e muito profundo.
Assistam.

Bençãos, e não deixem de comentar!

Dyonisio Bacante.

Cântico a Rainha do Verão




Óh mais bela entre todas elas.
A vós senhora da noite.
Entregamos o nosso líbido.
Nosso êxtase e nosso vinho.

Vinde grande Imperatriz,
Carregai-nos pelos ventos soprantes do sul.
Viajaremos pelas barcas do Oeste,
Até onde o sol se põe.

E lá, na montanha perdida,
Entre a bruma e o desapego.
Brindaremos a vós.
Por mais um giro a cantar.

Tambulureia a chama
E geme o ar a nossa volta.
Exortamos o nosso nome afim de,
Alcançar sua graça recebida.

A vós grande Diana
Dançaremos nuas,
Com nossos corpos refletindo sua face
Nos amaremos até o amanhecer.

Lá onde o sol repousa estaremos
Até o momento de sou levantar.
Abafaremos nossos risos
E ofereceremos nosso gozo.

Afim de que no final da jornada
POssamos sentir a Senhora
Renascer, renascer, renascer.
E nos deleitaremos sobre seu corpo.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Litha? Natal? Ou Yule??




Dezembro é um mês repleto de comemorações, tanto para cristãos quanto para nós, pagãos.
Dezembro antes de mais nada é para nós o mês das Mães Terras, desses arquétipos de Deusas férteis que doam a vida. Isso é, em seu contexto clássio e norte-europeu.
No dia 20 e 21/12 comemoramos aqui no hemisfério sul o nosso Sabbath de Litha, que é para nós pagãos que seguimos a roda do ano de acordo com a estação local o meio do nosso ano. É a data da luz que chegou ao seu ápice, onde seu declínio certo virá. Nossos amigos do hemisfério norte, que como nós seguem a roda de acordo com a estação do ano comemoraram lá o Yule, que é o renascimento da Luz no tempo do Inverno, quando a Grande Mãe dá a luz ao Deus Gamo, dentro do contexto mitológico clássico da maioria das tradições pagãs. É claro que as vezes tradições, como vemos aqui no Brasil, sobrevivem mais do que datas hemisféricas e sazonais. Formando dessa forma uma comemoração simbólica e não energética do dia. Para nós bruxos ambas as coisas são importantes, energia e símbolo um alimenta o outro.
Não estou criticando e não fundamentando através disso críticas contra aqueles que comemoram a Roda do Ano de acordo com a Egrégora, o Símbolo. Ambos podem ser válidos para seus seguidores.Por que dizem ao seu coração que aquilo é verdade.
O simbolismo do Natal esta muito mais relacionado ao simbolismo pagão do que cristão, isso esta claro. No entanto o símbolo do Natal como vêmos hoje é encarado em um contexto cristão.
Muitos de nós, principalmente os novos ficam confusos nesta data, devo ou não comemorar o Natal?
Eu não comemoro, por que para mim o ano não terminou, sinto a Roda Girar mesmo dentro do contexto sazonal de onde eu vivo. Isso me liga e sustenta naquilo que vivo como reli gare. Obviamente que muitos me convidaram a Ceias belíssimas com comidas invernais deliciosas. Eu vou? Sim, por que isso é importante para eles. Assim como é importante quando digo a eles Feliz Litha que a Deusa te abençoe nesta data de abundância.
Creio que nos falta respeito e beleza em olhar no que há de bom no outro, as diferenças existem para que possamos celebra-las e troca-las entre nós. Claro que também é muito mais de nossa natureza perceber isso do que há de um cristão tentar ver a beleza de uma comemoração de Litha! Mas no entanto alguém tem que começar, não é mesmo??
Uma coisa que me deixa triste na cultura natalina é a questão de generalização de cultura. A fé popular que existe nas grandes massas é importante, é uma fé oriental. Não é européia, pode ter aspectos europeu mas devido ao seu tempo de firmamento naquele continente. Mas até onde eu sei, o chamado Jesus nasceu em Belém esta no oriente.
Mas devido ao tempo na Europa o Natal Cristão ganhou presentinhos de nós pagãos, o ato de presentear é um deles, árvores iluminadas também, assim como um banquete com todas as suas cores e sabores de inverno. E generalizaram de uma maneira que todos devem comemora-lo assim, com luzinhas, papai noel, árvores...
Por que não se pode ter um natal com emblemas africanos? Ele deixaria de ser natal por isso? Por que um natal não pode ter emblemas e comidas típicas do verão, aliás vejo muitos tendo uma diarréia no dia seguinte pelo tamanho do peso que é a comida.
Compreende? Não, simples. O que quero dizer é que a nossa cultura é muito castradora e limitadora. Por que devemos celebrar somente o Natal? Por que não podemos aceitar que o outro celebre Litha o outro Yule, e o outro comemore algo Zen Budista.
A pluralidade cultural é bela e nos enche de amor e verdade.
A verdade não é direcionada, um faixo de luz fixa saindo de uma direção e indo pela mesma. Ela é abragente e abarca todos.
Por tanto fica aqui uma reflexão.
Feliz Litha para nós que estamos nessa etapa.
Feliz Yule para aqueles de nós que comemoram a Roda de Lá!
E feliz Natal, para aqueles que comemoram o Natal, hehehehe.

Bençãos da Deusa Mãe.

Dyonisio Bacante.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Homens Matriarcais.




Na cultura da Deusa tem se falado, de fato e de direito é claro, muito sobre as mulheres no seu contexto do Sagrado Feminino. Muitos as vezes abordam tal tema de uma maneira tão separatista e sexista a ponto de tornar-se qualquer outra coisa, mas não o verdadeiro matriarcado. Obviamente que devemos, nós como homens, seres fálicos, reconhecer que há muito foi negado o poder da mulher. Mas essa negação não afetou somente as mulheres, mas afetou a noção geral do que é o feminino. Feminino não é só a noção de mulher como vulva, seios. Embora possamos nos lembrar só disso. O feminino é algo profundo e intuitivo. É a primeira noção do reconhecimento e começo da vida.
A vida se inicia e se faz dentro do feminino. Mas da maneira como a sociedade patriarcal trouxe uma noção separatista das coisas, tudo isso se deturpou a ponto de certas palavras ficarem tão irreconhecíveis quanto as vozes mentirosas ao que se pretende dizer com elas. Tudo isso afetou também a noção do ser Masculino, como filho daquele aspecto Feminino da Criação, chamado de nós por Deusa.
O masculino é um aspecto do Feminino, não o vejo como completementar, mas o vejo como um aspecto já que o feminino criativo abrange todas as noções de criação e suas infinitas formas.
Assim como a mulher sofreu pelas mãos do patriarcado, a maioria dos homens foram podados em seus sentimentos e sensações. Já que reconhecer o seu aspecto feminino é demonstrar tudo aquilo que é fraco e adminitir a toda uma sociedade falocrática um poder diferente do "pregado" pela maioria.
O homem tem seu primeiro contacto com a mulher, homens matriarcais existem a pencas por ai. Mas é claro que muitos não carregam essa noção no seu consciente mas as mostra em suas atitudes inconscientes. Algum deles foram corrompidos, como muitas mulheres também assim o forão. Como existem homens matriarcais também existem mulheres patriarcais.
O homem matriarcal é aquele que reconhece o seu poder feminino e sua integração com o mesmo. Ele é fálico, como o poder feminino também pode ser. Ele não precisa ser necessáriamente afeminado, mas se o for é tão natural quanto ser mais masculinizado. Pois note, até a questão de um homem ser mais feminino é inaceitável em nossa sociedade tamanho é o medo dela pelo o poder bruto existente nas fêmeas.
Tanto que, o gay que é mais masculino em padrões patriarcais é mais bem aceito do que aquele que é mais feminino. A sociedade grita, você pode ser gay mas não pode ser mulher. O problema não esta em ser gay, esta em ser feminino. Note isso! Você vai perceber uma conspiração terrível e um crime contra a vontade sem tamanho. E vemos mais notoriamente isso ainda nas lésbicas, uma lésbica feminina é bem aceita agora aquela que quer ser mais masculina não pode, jamais uma mulher pode agir como um homem. E se tentar agir é punida. Tudo por que a noção do que é ser realmente masculino se reduziu a noção do que é ter um pênis ou nascer sem ele. Esta ai toda a maneira separatista do patriarcado. Ou seja, aqueles que tem pênis reinam o que nasceram sem, bom se nasceram são abaixo, menos.
O poder do homem matriarcal não se resume somente ao seu falo, embora ele possa reconhecer os clicos da vida em seu pênis, tanto quanto a mulher pode reconhecer seus ciclos da vida em seu útero. Quando ele esta se excitando dizemos nascimento, rigido dizemos que esta na fase vida, gozo morte e novamente o renascimento através do sêmem. O pênis é uma extensão mutante do próprio orgão feminino. Tanto que a mulher pode conter o homem, mas o homem não pode conter a mulher. O homem matriarcal reconhece tal fato e sacraliza ele. Não o menospreza, ele sabe a importância do feminino dentro e fora de si. O feminino para ele é a ponte direta entre seu Self interior ao seu Self Divino. Ele vê sua própria imagem refletida no corpo da mulher e a mulher pode ver nele a sua própria imagem refletida nele. Isso é belo e profundo, mas não é de nenhuma maneira heteronormativa. Estamos falando de selfs internos, não como uma noção fixa de teorias Jungianas. Mas de uma noção não genitais. Sexo e sexualidade são coisa distintas!
Creio que precisamos trabalhar melhor essa noção do homem matriarcal tanto quanto devemos trabalhar a noção das mulheres matriarcais.
Cada vez mais homens e mulheres são punidos, por serem intuitivos, criativos, sensíveis e tantas outras qualidades consideradas degeneradas pela cultura do "Pai".
Creio que a primeira etapa disso é o reconhecimento do feminino, do sagrado feminino como a Deusa.
Acho esse um tema interessante a ser abordar pelo fato que muitos esquecem dele. Devemos criar mais ritos e liturgias nas quais os homens possam reconhecer a Deusa em si mesmos, sem deixar de ser o que querem. Mas reconhecer o feminino como princípio criativo de tudo.
O feminino é amplo, os maculino se tornou frágil e pequeno e não tem abrangência. O feminino sobreviveu sem a noção do "macho" mas o "macho" não pode sobreviver sem a noção da fêmea. Isso é ser um homem matriarcal, é reconhecer a divindade da Deusa como parte sua. O masculino que existe dentro do feminino abrangente jamais deixa de ser feminino.

Dyonisio Bacante.

Magia Real X Magia do Cinema




A magia, feitiçaria e a bruxaria sempre foi alvo de um mistério que mesmo muitas vezes revelado mostra-se insondável. Se traçarmos uma linha do tempo em nossa atual época até as épocas remotas em que a magia fazia parte do cotidiano das tribos nômades. Veremos o quão o conceito daquilo que é estranho e diferente cai por terra, já que a magia para eles era um processo natural. Assim como vento, a chuva, as estações a magia fazia parte das forças da natureza e o xamã como bruxo ou mago poderia contralar suas forças.
Tais povos antigos dependiam muito de seu próprio instinto interno e confiar nas técnicas mágickas era até uma questão de sobrevivência, a magia sempre foi uma técnologia a serviço da humanidade. Porém nem sempre foi assim, quando chegou-se na Idade Média uma grande onda de barbarismo cultural lavou a Europa com conceitos errôneos da magia. Então ela começou a ser pintada como algo maligno, destrutivo e sobrenatural. Não que os povos pagãos, como gregos e romanos por exemplo, não a vião como tal. Sim, muitos até desses povos possuiam leis de como utilizar a magia dentro de um contexto social. Mas é claro que sempre houve aqueles que burlavam tais leis e usavam seu poder como queriam. No entanto ela não era algo demoníaco ou sobrenatural. Fazia parte do dia a dia, o ato de cozinhar era mágicko e sagrado para todos, como exemplo!
Este é um exemplo de magia nos tempos das cavernas. O búfalo desenhado por algum xamã era um símbolo de magia simpática afim de se conectar com a manada para ajudar na caça. Uma prova de que a magia era usada no dia a dia e para manter a sobrevivência das tribos.

Creio que foi nesse dado ponto da história que a magia por ser considerada crime em tudo é que se começou a criar lendas sobre ela. Nós, bruxos e magos eramos apontados como possuídores de poderes miraculosos, voar, ficar invisível…E a lista se estende sem fim. Obviamente que isso era uma tática política, até por que era mais fácil dizer a sociedade por que se mataria um bruxo ou feiticeira. Já que ela possuia poderes que poderiam ferir a todos. Isso também era uma contradição religiosa que deveria ser apagada o mais rápido possível, já que a fé cristã estava em ascenssão ao seu poder máximo. E qualquer coisa que contraria-se tais dogmas era uma ameaça. Pois para uma feiticeira era fácil conseguir coisas através de sua arte ou dominar alguém. E isso de certo modo exlcuia o poder divino do Deus Pai todo poderoso. Sendo assim demonizaram uma coisa natural e a transformarão em algo tão fantástico e surreal quanto um mundo feito por sonhos.

É claro que a fantasia e a imaginação são pontos importantes, já que podem agregar um valor simbólico a um mito e a uma verdade. Só que isso não foi sempre assim, os valores e simbolos tornaram-se reais, e isso é um grande perigo. A metáfora so serve quando pode explicar algo interno usando de comparações simbólicas externas, caso essa balança se altere gera caos.
Aqui é uma gravura da época da inquisição de como as pessoas enxergavam a prática da magia e como ela foi demonizada por conceitos cristãos.
Com a ajuda do cinema, a “magia” como algo sobrenatural e fantástico ganhou seus poderes e imagens. Sim, a “magia” do cinema precisa de imagens para ser vendida. Imagine pessoas indo ao cinema e ter que assistir a um filme que mostre todo o traçar de um círculo ritual e não ver efeito visual nenhum além da ritualística? E esperando que o efeito do feitiço acontecesse de maneira tão sutil, ou não, a ponto de tentarem entender. Por isso deve-se o uso das explosões de luz, varinhas, voos em vassouras e lugares tão fantásticos que cada vez mais se distanciam da real magia. Mas é claro que gostamos, isso é bom, mas só é bom enquanto exista no limite do cinema ou de sua televisão. Tentar trazer isso para o real é pura ilusão, mas isso é frequentemente visto por neófitos no caminho da Magia a querer tais coisas. Até eu em meu início fui um deles, mas aprendi que a ilusão e a magia são armadilhas perigosas quando trabalhadas juntas. Levando alguém a loucura total ou até mesmo a descrença em tudo. Simplesmente por que ela pode se mostrar como é ao brincalhão ou pode simplesmente deixa-lo na mão e fazer de tudo aquilo um mero teatro para o ego! E isso é muito perigoso. Pelo fato de que a magia meche com nossa parte neurológica, com nosso pisque profundo. Ela altera o padrão de ver o mundo, isso pode ser comparado a metáfora do mundo mágicko do Harry Potter que somentes os bruxos podem ver. Isso em um ambito de realidade é verdade, só aqueles que “abriram” seus olhos podem enxergar por trás do véu. Mas esse enxergar é muito subjetivo e interno. Não é ver um castelo de Hogwarts e nem atravessar plataformas 9 1/2. Compreende?!
Em tratados de magia antigos, como em alguns livros qu citei aqui, Formulário de Alta Magia e Dogam e Ritual de Alta Magia. Carregam expressões de realizações no campo da magia em coisas paupáveis, de levitação, transformação e invisibilidade. Isso existe? Sim, existe! Desta maneira como de Harry Potter? Não, mas de uma maneira bem profunda e diferente. E é ai que devemos tomar cuidado. Quando se começa um treinamento na magia, e não na bruxaria que são algo completamente diferente pelo fato de que, a magia é uma ciência que trabalha a prática das forças invisíveis e como aplica-las junto ao seu dom interno de vontade. A bruxaria é uma religião pagã que trabalha a magia como Ofício do Bruxo, por tanto um bruxo é tanto sacerdote como um feiticeiro. No entanto a magia lida com forças espirituais. Mas as vê como forças não ligadas a nós de uma maneira mais afetiva ou sentimental. A magia não é um sacerdócio e sim uma Arte e uma Ciência Espiritual! Por isso devemos tomar cuidado quando se começa um treinamento na magia, as forças trabalhadas começam de dentro para fora. Não hávera luzes, explosões e vôos em vassouras. Mas as vezes, mas só as vezes acontecem efeitos físicos. Como chamas de velas que mudam de cor e aumentam de tamanho. Objetos que se movem, coisas que surgem imagens e etc. Mas isso é quase que raro. Um bruxo ou mago bem treinado consegue ver como estão ocorrendo as energias a sua volta pelo olho espiritual ou pela sua mente. E para aqueles que tem tais dons conseguem ver as luzes, as formas que se assemelham muito com as do Harry Potter por exemplo ou de Charmed. Mas isso dentro da vibração mundo físico é sentido de maneira interna e externa através dos cinco sentidos. Sendo que, um bruxo ou mago treinado percebe isso muito rapidamente pois obteve por meio de treinamento tal habilidade. Por tanto não se vai comprarar uma varinha no Olivaras e fazer as coisas acontecerem. O Harry Potter e os outros filmes que lidam com a magia e a bruxaria até, nada mais são do que metáforas para contar a verdade sobre nós. Mas tudo deve ser filtrado e lidado com cuidado.

Exemplo de como a magia é vista pela sociedade contemporânea. Note que não mudou muito da visão medieval, no entanto ela não é vista como algo demoníaco.

Acho esse um tema importante para ser abordado por que vejo muitos me perguntarem sobre isso e até jovens que estão iniciando nesse mundo confusos. Amo Harry Potter, mas sei o que é e o que não é, e ai que mora o fantástico. A magia deve ser buscada de maneira interna de modo que deva agregar valor em sua busca espiritual, ela é um instrumento a serviço de todos mas nem todos estarão em seu serviço.

Exemplo de como a energia mágicka é vista no campo astral, lembrando a metáfora das explosões de varinha de Harry Potter.

Por tanto aqueles que a buscam com verdade e sinceridade descobrem literalmente o fantástico mundo que há por trás do mundo.

Texto elaborado através da Introdução do livro: Manual Prático de Magia Ritual, Dolores Ashcroft e Nowicki, Ed. Siciliano.

Dyonisio Bacante.

O INÍCIO


"Ainda que eu morra e viva sozinha,
Eu ainda serei a Sacerdotisa.
Ainda que só eu
Ainda respeite os Velhos Mistérios,
Eu ainda terei o controle da Teia da Vida.
Ainda que eu seja apedrejada e negada por mil anos,
Eu ainda serei a Sacerdotisa .
Ainda que eu seja difamada.
Que eu seja mal falada,
Eu ainda saberei os Mistérios do Prazer.
Ainda que mil vozes e mil espíritos
Gritem a mim :
"Teu caminho não é o da Sacerdotisa",
Eu ainda serei uma Sacerdotisa.
Ainda que me roubem as vestes sagradas,
Ainda que eu não possa queimar ervas
E comungar com os espíritos da noite,
Eu ainda serei a Sacerdotisa.
Ainda que eu esqueça todos os Mistérios,
Eu ainda serei a Sacerdotisa.
Pois uma única coisa jamais eu esquecerei:
Que eu sou a força e a vontade da Deusa
Se manifestando na Terra."

IN: A ALTA SACERDOTISA

Eu decidir publicar este poema pois antes que qualquer outra poesia ele mostra sob qual signo e imperativo vivo...Que eu possa sempre repeti-lo com a mesma sinceridade que o disse diante da Grande Mãe pela primeira vez.
Espero poder ter algo a acrescentar a este blog, que visa difusão da bruxaria e do espírito do culto sagrado a Deusa. E que eu possa sempre colaborar para que este sussurro de amor e prazer se propague sobre a Terra Mãe.

Gaia Lil - A Bacante